sexta-feira, 9 de julho de 2010

POR CINCO MINUTOS...

Pela sociedade de direitos. Minha campanha é apenas por cinco minutos de burrice diária. Na antiguidade, o ócio. Agora, a burrice. Porque não? (Porque junto, separado, com ou sem acento? – gastei meus 10 segundos).
Ah sim, seriam não cumulativos. Não é como milhas que se pode guardar e gastar numa tacada só. E olha que tem gente que sem guardar acha que pode se beneficiar com um grande exagero (É trágico, mas o goleiro do flamengo é o melhor exemplo).
Outro dia avistei uma moça que tentava estacionar...muito clichê: não conseguiu. Não tentou nem cinco minutos e já tinha gente com ar de: “Sai daí minha filha”. Oprimida pela pseudo-eficiência.
Cinco minutos é um tempo quase bônus. Poderia ser gasto para dar uma espiada naquele site trash que você vê não tem coragem de contar a ninguém. Ou, quem sabe, naquela consulta tosca ao Google, quando se está em dúvida se é com s ou com z (e no fim, nem com um, nem com outro....) Olha: não dá para ver séries (ou filmes) idiotas; para essa causa será necessário outra justificativa mais cretina do que a minha campanha.
É claro que estou advogando em causa própria. Tenho dificuldade de abrir fechaduras (a chave nunca entra, se entra, não gira), erro sempre os caminhos (mesmo os que faço com freqüência), sempre volto ao apartamento porque esqueci algo (só aí gasto 4’20’, pois moro no último andar). Enfim, são vários equívocos diários que podem sim (sem a carga ofensiva da palavra) serem chamados de burrice.
A graça disso é que só sei que cometo essas porque não cometo outras e, na maior parte do dia (com a GRAÇA DE DEUS) dou conta do recado na primeira tentativa (e ninguém nota). Não, não quero a congratulação ao acertar puxar e não empurrar, quero apenas o direito (universal) de dar com a cara no vidro (que burrice!).