tag:blogger.com,1999:blog-9136123067710994472024-03-12T18:26:55.159-07:00Sem sentidoInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-89381062851089023382014-01-05T08:48:00.002-08:002014-01-05T08:54:14.465-08:00a memória é a dobraa memória é a carne cortada<br />
nas costas da gente<br />
sangrando lentamente <br />
espalhando um cheiro forte, um fio de vida <br />
<br />
<br />
e a memória é o pó <br />
que grão a grão se senta um no outro<br />
tempo após tempo<br />
num movimento mudo<br />
<br />
<br />
a memória também é o tom laranja do pensamento<br />
quando a boca sorri espontânea<br />
o cheiro daquele beijo<br />
consagrado em maio<br />
<br />
<br />
se a memória mais não fosse<br />
seria só o quente que instiga <br />
a abir tempos dobrados e guardados <br />
na caixa em que se lê: mudança<br />
<br />
<br />
a memória é o eco do som<br />
gemido num agudo si maior<br />
arrastado como dor na garganta <br />
naquele segundo que foi eterno<br />
<br />
<br />
a memória também teima ser <br />
aquilo que a cabeça evita<br />
o corpo sua<br />
e o coração retumba.Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-20047951799041603212013-12-23T21:01:00.004-08:002013-12-23T21:01:43.527-08:00terapia de sentidos<div>
<span style="font-family: inherit;"><strong></strong></span> </div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa de chocar</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa com suaves espinhos doces</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa com cheiro de fumaça </span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa de sonho acordado</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"></span> </div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa para acordar</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa para descobrir</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa de outros tons</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa sem as luzes</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"></span> </div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa de manhã</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa para causar calor</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa para curar calor</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">rosa nem cor nem flor</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">ó rosa, que saudade</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">do seu jeito desafiador</span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">de me baforar coisas que </span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;">só hoje eu entendo</span></div>
Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-68302698481385054442013-03-12T18:28:00.002-07:002013-03-12T18:28:10.644-07:00<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">não é que eu tenha arte, a arte é que me tem</span>Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-40870262281050658952013-03-12T18:07:00.000-07:002013-03-12T18:12:09.112-07:00(com)posição<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">SOU (eu)</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">eu <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sou(seu)</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">Filha(o) </span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Do(a) me(o)do(a)</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">(s)eu sou<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span>(F)ilha</span></div>
<span style="font-family: Calibri;">do des(afio)tino</span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">(des)compasso do tempo</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Alegria de menino(as)</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">(S)ou eu que(m) sou(?)</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Perdida(o) na (imagin)ação</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">De ser (quem)(?)</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Eu quiser(a)</span></div>
Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-50258148955383081662013-02-03T16:26:00.002-08:002020-08-19T07:51:32.171-07:00<strong>Eu, substantivo e verbo</strong><br />
<br />
Aqui eu vivo minhas próprias leis<br />
meu tempo divide as horas da maneira que eu quiser<br />
o silêncio ou o barulho me pertencem <br />
sou eu mesma escolhendo cada afazer ou o nada a fazer<br />
sou juiza do meu senso<br />
sou o guia de minha fé<br />
sou uma ou sou quantas eu quiser<br />
sou íntima para todos os segredos<br />
sou transparente, sem maquiagens sociais<br />
sem nem lápis de olho<br />
sou despenteada, despudorada, desnuda e politicamente incorreta<br />
sou eu à vontade em cada parede<br />
sou Casa e daí nasce o verbo casar. <br />
<br />
Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-14166965653186858562013-01-27T15:17:00.001-08:002013-01-27T15:17:20.656-08:00VIOLÊNCIA<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Você é violentado todo dia pelo capital que te impede de
descobrir quem de fato você é e do que você realmente precisa para ser feliz </span></div>
Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-16836875969994178152012-11-30T13:09:00.001-08:002012-11-30T13:10:50.901-08:00OCRE<br />
Hoje meus sonhos são dízimas, periódicas. Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-74472583606017710592012-09-16T07:48:00.001-07:002012-09-16T14:36:55.410-07:00DESCONFIA (ou “Aos 11 anos de idade eu já desconfiava da verdade absoluta...” Raul Seixas)Desconfie da televisão<br />
do sorriso amarelo que te pede conformação<br />
Desconfie do Estado<br />
cuja política te deixa de lado<br />
Desconfie das constituições<br />
feitas por indivíduos com diferentes intenções<br />
Desconfie do ladrão<br />
que te rouba para comprar o pão<br />
Desconfie da morte pela fome<br />
sem direitos, sem deveres e sem nome<br />
Desconfie do capital<br />
que te faz número sem nem pensar se isso te faz mal<br />
Desconfie da falta de criticidade<br />
que te obriga a aceitar tudo como se fosse verdade<br />
Desconfie de você mesmo pelo menos uma vez ao dia<br />
por que a desconfiança é a arte de entoar os mesmos versos<br />
mas em outras melodias
Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-14141275482898287492012-04-27T10:11:00.000-07:002012-04-27T10:21:29.559-07:00<b>vida é processo </b><br />
<strong>carimbe</strong> o pa<b></b>pel com beijo <br />
<strong>empenhe</strong>-se para que os <strong>projetos</strong> não sejam <strong>básicos</strong> <br />
<strong>insira</strong> poemas no meio das <strong>notas</strong> <br />
infor<b></b>me <b>o recurso </b>mais valioso, (inclusive o desnecessário) <br />
<strong>assine</strong> como quem autografa <br />
<strong>remeta</strong> <b>às siglas </b>apenas se estas formam palavras sonoras <br />
<b>leia a fl. 4,3333 </b>como quem recita <br />
<strong>despache</strong> querendo receber de volta <br />
torcendo para ter <b>autorização expressa </b><br />
DE VIVIER MAIS LIVREInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-67340533119092076142012-03-13T15:23:00.000-07:002012-03-13T15:24:03.171-07:00para não pararpara os mesmos problemas<br />novas soluções<br />para as velhas brigas<br />outras relações<br />para as mesmas doenças<br />elixir de ânimo<br />para o mesmo destino<br />outros caminhos<br />para a mesma canção<br />um novo instrumento<br />para a mesma língua<br />outros sotaques<br />para o mesmo projeto<br />outro país<br />para aplacar o medo de ir<br />somente o medo maior de ficarInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-33111680582310057832012-01-13T07:01:00.000-08:002012-01-13T07:04:02.275-08:00O QUE SE ESPERA?o que você espera<br />quando me cobra<br />algo que espera<br />ser dado sem cobrar?<br /> <br />quem é que oferece<br />carinho sincero<br />amor amigo<br />atenção e afeto<br />por preço acertado<br />pagamento adiantado<br />promissórias a pagar?<br /> <br />por que se atreve<br />a pensar que é seu<br />bem aquilo que o outro<br />nunca tem para te dar?<br /> <br />olha com atenção<br />o que carrega<br />a mão que estendida<br />oferece o que pode dar<br /> <br />se não te basta<br />se não te agrada<br />se tão te satifsfaz<br />busca outra mão<br />com outra oferta<br />que seja dada sem cobrar<br /> <br />mas espero, sincera<br />que o pouco que se apresenta<br />te sirva de fato<br />não para te preencher<br />se não para te alegrar<br /> <br />o afeto que tenho<br />não despejo inteiro<br />mas é verdadeiro<br />e quero fazer durar<br /> <br />não te complemento<br />não sou seu inteiro<br />nem tento fazê-lo<br />sou apenas eu<br />aqui do jeito meu<br />mas sem te cobrarInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-69742095529648619022012-01-13T05:05:00.000-08:002012-01-18T12:12:49.255-08:00aquela casaainda habito um pouco naquela casa<br />naqueles poucos móveis<br />no cheiro do cigarro<br />nas roupas espalhadas<br />no banheiro verde retrô<br />na cozinha apertada<br /><br />deixei naquela casa<br />algumas aspirações dos vinte e poucos anos<br />a rotina desregrada da chegada e saída<br />o braulho da rua<br />coisas e pessoas que lá, e só lá, cabiam<br /><br />daquela casa <br />moram hoje comigo<br />a confiança de que não se morre de amar<br />a alegria de me saber muitas<br />o sentido de se dar adeus às casas<br />a certeza de saber, finalmente, de que lá fui feliz<br /><br />moro naquela casa, como ela ainda mora comigoInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-26101442776638859252011-10-15T10:10:00.000-07:002011-10-15T10:11:17.455-07:00Inconclusoacena com o quadril<br />sorri com os peitos<br />abraça com as pernas<br />afaga com os cabelos<br />disfarça com os olhos<br /><br />e com qual boca beijará?<br />(...)Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-21816432233756160222011-07-14T07:24:00.001-07:002011-07-14T07:35:07.226-07:00Oração do tempoOh Deus, dê-me tempos <br /><br />muitas 24 horas p ler todos os livros<br />várias horas e meias para ver todos os filmes;<br />todos os segundos de prosas para saborear as boas conversas;<br />diversas frações de dias para ouvir sons e canções, músicas e melodias, arranjos e tons;<br />vários 90 dias para ver as árvores invernais com suas (e minhas) flores coloridas;<br />muitas 6 horas para ter manhãs de sol que esquentam a pele<br />instantes de deslumbramento para cheirar o pôr do sol <br />e outros vários 60 minutos para ver as noites de lua sem faróis<br />Ontem hoje e sempre: amémInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-34299948165398047282011-07-12T10:44:00.000-07:002011-07-12T11:04:15.444-07:00RADICAIS livres<em>radicais livres são todos aqueles átomos ou moléculas, </em><br />(indivíduos de extrema esquerda ou direita) <br /><br /><em>com um número ímpar de elétrons. </em><br />(que são tão livres que tendem a ficar sem par). <br /><br /><em>os radicais livres possuem elétrons de valência desemparelhados</em><br />(seus elétrons estimulam a separação)<br /><br /><em>e, portanto, são altamente reativos, </em><br />(e, são nervosinhos)<br /><br /><em>podendo inclusive reagir entre si </em><br />(podendo dar em festa, briga ou passeata)<br /><br /><em>em uma dimerização </em><br />(iluminada com muitos holofotes...)<br /><br /><em></em>Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-52223709820291574652011-07-11T14:57:00.001-07:002012-01-13T05:09:30.448-08:00A crise de 29Esse título se atualizou depois da crise econômica de 2008, mas o papo aqui nem é (puramente) de economia.<br />Falo da crise que acomete os indivíduos na casa dos 29. Incluo-me<br /><br />Agora que eu descobri porque tanta ansiedade aos quinze(s). Não vi nada acontecer, nada de novo. Nenhuma mudança no corpo, nem na alma.<br />Acho que estava tudo guardado para agora. Estou com metade dos pés no 15 e metade nos 45. Explico: quero fazer o que nunca fiz e rápido (quinze); mas estou um pouquinho cansada para fazer de novo o que já fiz (quarenta e cinco).<br /><br />15, 30 e 60 marcas simbólicas do tempo. (90? nem ouso pensar...)<br /><br />Aos quinze eu pensei em mudar o mundo, à beira dos trinta sou capaz de andar de ponta cabeça para me mudar em relação ao mundo.<br /><br />(Aos sessenta ainda não terei mudado nem a mim nem ao mundo...rsss. Será?)<br /><br />Estou ficando tão superticiosa que nem quero mais falar trin...(tá)<br />Decidi, vou passar direto. Só me encontrem agora no trin...taeium. No máximo, vintinovemeio.Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-74340325549524792152011-05-19T14:41:00.000-07:002011-05-19T14:44:57.660-07:00Comprar um presente para a PatyCOMPRAR UM PRESENTE PARA A PATY<br /><br />Uma verdadeira saga, sem começo e sem fim... <br />Dedicamo-nos a pensar o que poderia agradar a Paty e a primeira impressão foi de que seria muito fácil. Pensamos: a Patrícia tem uma relação especial com as coisas. Ela gosta de olhá-las, tocá-las, sentir a espessura, pergunta onde foram produzidas, com quantos fios (como disse a Ana Cristina, rs), a cultura envolvida, se é artesanal, se é manufaturado, se é industrializado, se a tintura é feita com casca de pau-brasil, se é algodão puro, quantos por cento... Aff! <br />Patrícia descobre tudo quanto há para conhecer de um objeto numa banca de comércio... Pode ser feirinha (em Fortaleza, de preferência), ou Daslu. Ela faz um verdadeiro INVENTÁRIO.<br />Então, que ótimo. Bastava achar algo de bom gosto... Muito fácil, quantas poderiam ser as coisas desse tipo? Várias! Sapatos, bolsas, casacos, cordões, brincos, anéis então... <br />Vamos, vamos ao shopping...Eeeee<br />Voltamos, voltamos do shopping... uhhhhh <br />Bastou exercitar o olhar de Patrícia... São olhos de quem realmente quer ver. Meu Deus! Bolsa tem forro! Olhamos cada centímetro... uma linhazinha descosturada aqui, um leve arranhadinho (milimétrico ali)... Não, essa Patrícia certamente não compraria. <br />E o brinco e o anel? Olha, a pulseira...que coisa mais linda! São iguais às milhares das que ela tem. (Pelo menos assim parecessem para olhos tão desatentos como os nossos. Patrícia certamente as saberia distinguir, mas distinguiria tanto que pode ser que gostasse, ou não...<br />Sapato? Cacete, quanto ela calça...E se não for confortável? Bonitinho é... Escuta, mas Patrícia compra sapato sempre... assim fica sem graça. É muito trivial!<br />Nova saga, e pensa, pensa. Shopping outra vez. Está bem, vamos pelo princípio que orienta o que estamos procurando...engenhoso, inteligente... <br />(...)<br />Achamos! Olha a garrafa! Será? Será que achamos? Compramos. É seu presente (mas ainda temos dúvidas). Mas é seu, e por quê? Porque você disse que quer brindar com vinho e deve! E, sendo assim tão cuidadosa e requintada, merece abrir uma garrafa ainda com mais estilo...<br />Porque já podemos te ver chegando em casa alheia, com um kit que parece exclusivo, como quem diz: “Deixa comigo, eu sei fazer. É assim. Precisa por isto aqui e girar... 3,856666 voltas. Pode deixar que eu faço...”<br />Porque você gosta de beber (e já sabíamos disso, mas agora sabemos ainda mais, depois da festa do Mini Cooper, rs) <br />(...)<br />É fato! Ao procurar e procurar, dedicamos várias horas a pensar em você e em como você olharia as coisas. Claro, as qualidades que procurávamos nelas são as suas: seu bom gosto, sofisticação, beleza, delicadeza, sem aparente fragilidade... Procuramos algo único, mas isso, no mundo das bancas comerciais, exige uma grana de que não dispúnhamos e, na banca das pessoas, não há dinheiro que pague. <br />Receba mais do que isto, receba nossos parabéns e agradecimentos por compartilhar conosco, nesta semana e em tantas outras, suas muitas, suas, coisas únicas. 10/04/2011Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-65704228400893460972011-02-09T10:52:00.000-08:002011-02-09T10:54:18.504-08:00Reticenteanda, para, corre, freia<br />fala, recua, insiste<br />sobe, desce, espera<br />antecipa<br />confabula, evita<br />insiste, procura<br />foge, arreda<br />para e conta<br />1,2,3,4,5,6,....13 e quem sabe<br />14 vezesInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-79889281491367522702011-01-21T15:08:00.000-08:002011-01-23T15:00:04.670-08:00LER(A)a palavra escrita, arrumada, encadeada, composta, preposta e disposta<br />revela o tema, o tom, a forma, a <em>fôrma</em>, a mão, dedos, olhos, óculos<br />releva o tempo, intenção, pensamento<br />conforma o novo<br />apresenta seu dono em períodos<br /><br />Ler alguém é percorrer seus verbos<br />é se ocupar dos seus tempos<br />habitar suas pausas e reticências<br />conhecer seus contornos<br />e se fazer íntimo nas entrelinhasInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-37733710744716654952010-11-04T05:11:00.000-07:002010-11-04T05:16:31.498-07:00Para ficar bom o que é bemainda falta para mim aquela conversa<br />que seja franca e rara<br />como o olhar que se atreve a ser olhado<br /><br />falta ainda tempo para tê-la<br />mas falta<br />sobretudo<br />espaço em que a tida conversa prevaleça<br />e seja feita em palavra<br />dita com a clareza que só a palavra dita tem<br /><br />e que não seja a dita conversa separada pela<br />mesa<br />pela<br />sala<br />pela<br />tela<br />pela<br />sigla<br />pelo tempo (que não há)<br /><br />porque de tudo (quanto e quando) tudo isso passa<br />não passará a dita conversa<br />tida ou não tidaInês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-68194909720472125272010-09-27T08:45:00.000-07:002010-09-27T08:50:12.896-07:00ConferênciaMãos magras e compridas falam<br />olhares e cabeças que balançam<br />respondem<br /><br />Servem óculos e sobrancelhas<br />sorrisos indicam concórdia (ou não)<br />olhos e cabeças também<br /><br />A mesa que encontra o riste do dedo indicativo pontua;<br />é exclamação.<br /><br />Palmas selam<br /><br />Obrigado!Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-59203712212757203882010-07-09T19:51:00.000-07:002010-07-09T19:56:20.771-07:00POR CINCO MINUTOS...<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Pela sociedade de direitos. Minha campanha é apenas por cinco minutos de burrice diária. Na antiguidade, o ócio. Agora, a burrice. Porque não? (Porque junto, separado, com ou sem acento? – gastei meus 10 segundos).<br />Ah sim, seriam não cumulativos. Não é como milhas que se pode guardar e gastar numa tacada só. E olha que tem gente que sem guardar acha que pode se beneficiar com um grande exagero (É trágico, mas o goleiro do flamengo é o melhor exemplo).<br />Outro dia avistei uma moça que tentava estacionar...muito clichê: não conseguiu. Não tentou nem cinco minutos e já tinha gente com ar de: “Sai daí minha filha”. Oprimida pela pseudo-eficiência.<br />Cinco minutos é um tempo quase bônus. Poderia ser gasto para dar uma espiada naquele site trash que você vê não tem coragem de contar a ninguém. Ou, quem sabe, naquela consulta tosca ao Google, quando se está em dúvida se é com s ou com z (e no fim, nem com um, nem com outro....) Olha: não dá para ver séries (ou filmes) idiotas; para essa causa será necessário outra justificativa mais cretina do que a minha campanha.<br />É claro que estou advogando em causa própria. Tenho dificuldade de abrir fechaduras (a chave nunca entra, se entra, não gira), erro sempre os caminhos (mesmo os que faço com freqüência), sempre volto ao apartamento porque esqueci algo (só aí gasto 4’20’, pois moro no último andar). Enfim, são vários equívocos diários que podem sim (sem a carga ofensiva da palavra) serem chamados de burrice.<br />A graça disso é que só sei que cometo essas porque não cometo outras e, na maior parte do dia (com a GRAÇA DE DEUS) dou conta do recado na primeira tentativa (e ninguém nota). Não, não quero a congratulação ao acertar puxar e não empurrar, quero apenas o direito (universal) de dar com a cara no vidro (que burrice!).<br /><br /><br /></span>Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-41545400135511833512010-02-20T16:44:00.000-08:002010-02-20T16:52:45.658-08:00palavras grandesQuer saber? Eu falo muito palavrão! Falo mesmo! Com gosto, boca cheia; das que coloca para fora (quase como um bufado) ou das que coloca para dentro, daqueles com tom de suspiro...sem comentários, rs<br />Só me dou conta da função social do palavrão ao ouvir de uma boca que quase o profere contraindo a pena do crime: "tá foda!"...E soa tão diplomático que vem seguido de um sorriso! É um sacrilégio mortal de "caralho" em meio a pequenos "porras" veniais, disfarçados de "pô". Tem seu charme!<br />É campanha mesmo... é para difundir... Acredito na função social da palavra e também do palavrão e derivados.<br />Mas só poupemos as crianças, porque ainda não entendem o profundo sentido, nem dos para dentro, nem dos para fora.<br />Desejo a todos ao menos um bom palavrão por dia!Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-596994926060909552010-02-02T18:05:00.001-08:002010-02-02T18:15:22.947-08:00as coisaseu e as coisas<br /><br />desde muito cedo percebi que tinha pouco talento para cuidar das coisas<br />perdia, quebrava, pisava, arranhava, rasgava, ah. vá!<br />nunca entendi.<br />por maior que fosse a minha vontade, faltava talento para lidar com as coisas<br />a minha única coleção - que eu até achei que amasse - se desfez da forma mais visceral: mudou de dono, dispersou-se, quase como herança, no contra-fluxo dos objetos de coleção, os exemplares voltaram a vida real e a sua função de origem.<br />brincaram todos os carrinhos, encantados com o sorriso de Hugo.<br />ultimamente quebrei muitos óculos (ouvi dizer). analogias a parte (as rosas e as lilás), eram óculos de sol, uma coisa de proteção, charme e...quem sabe...disfarce. Várias vezes me senti mais cômoda com eles. Mas, fim das contas, e dos óculos, quebrei-o-osss.<br />(não por querer, é claro)<br /><br />Agora é que eu quero ver...Ironia do destino... vivo com a cabeça nas coisas...vivo com os museus.Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-913612306771099447.post-32594695754878923812010-01-25T04:49:00.001-08:002010-01-25T05:16:57.070-08:00A dor não é do dente, é nossaOlha...recentemente houve dor! Ah, se houve! (e ouve!). Foram-se três dentes, dos sisos, que deveriam se chamar cínicos. (Parecem ter sido implantado ali pelos dentistas, em nossas primeiras consultas, ainda quando crianças. Posso ver a cena, minha mãe se distraiu e o dentista meteu o dente...Não teve muito tempo, por isso só conseguiu colocar três. Isso só para que mais tarde algum colega de profissão pudesse - e pôde - dar o veredito: "Vai ter que tirar" - Agora sei porque não tinha bons sentimentos pelo dentista). Cacete, que dor!<br /><br />Aí, o bom é que repentinamente, tive a oportunidade de pensar em como a dor é gêmea do prazer (claro, de placentas diferentes). Contorção, torção, ai, ui, tensão, alivia para voltar a contrair! (não é mero acaso o fato de algumas pessoas gostarem da dor, seja física, mental, espiritual, visceral, da alma do cérebro...enfim) E eu hein?! Não gosto não, quer dizer, acho que não! rs (O pior é que tive tempo para pensar nisso tudo nas longas frações de horas em que o dente cínico teimava em ficar)<br /><br />Coitada da fada dos dentes... junto com os pequenos trecos, de raiz e sangue, leva também tantas aflições. Talvez, para sua compensação, (talvez), também leve um pouco do prazer alheio...<br />Vai entender...Inês Gouveiahttp://www.blogger.com/profile/10278229381906260040noreply@blogger.com1