domingo, 16 de setembro de 2012

DESCONFIA (ou “Aos 11 anos de idade eu já desconfiava da verdade absoluta...” Raul Seixas)

Desconfie da televisão
            do sorriso amarelo que te pede conformação
Desconfie do Estado
           cuja política te deixa de lado
Desconfie das constituições
           feitas por indivíduos com diferentes intenções
Desconfie do ladrão
           que te rouba para comprar o pão
 Desconfie da morte pela fome
           sem direitos, sem deveres e sem nome
Desconfie do capital
           que te faz número sem nem pensar se isso te faz mal
Desconfie da falta de criticidade
           que te obriga a aceitar tudo como se fosse verdade
Desconfie de você mesmo pelo menos uma vez ao dia
            por que a desconfiança é a arte de entoar os mesmos versos
            mas em outras melodias

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