a memória é a carne cortada
nas costas da gente
sangrando lentamente
espalhando um cheiro forte, um fio de vida
e a memória é o pó
que grão a grão se senta um no outro
tempo após tempo
num movimento mudo
a memória também é o tom laranja do pensamento
quando a boca sorri espontânea
o cheiro daquele beijo
consagrado em maio
se a memória mais não fosse
seria só o quente que instiga
a abir tempos dobrados e guardados
na caixa em que se lê: mudança
a memória é o eco do som
gemido num agudo si maior
arrastado como dor na garganta
naquele segundo que foi eterno
a memória também teima ser
aquilo que a cabeça evita
o corpo sua
e o coração retumba.
domingo, 5 de janeiro de 2014
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
terapia de sentidos
rosa de chocar
rosa com suaves espinhos doces
rosa com cheiro de fumaça
rosa de sonho acordado
rosa para acordar
rosa para descobrir
rosa de outros tons
rosa sem as luzes
rosa de manhã
rosa para causar calor
rosa para curar calor
rosa nem cor nem flor
ó rosa, que saudade
do seu jeito desafiador
de me baforar coisas que
só hoje eu entendo
terça-feira, 12 de março de 2013
(com)posição
SOU (eu)
eu sou(seu)
Filha(o)
Do(a) me(o)do(a)
(s)eu sou
(F)ilha
do des(afio)tino
(des)compasso do tempo
Alegria de menino(as)
(S)ou eu que(m) sou(?)
Perdida(o) na (imagin)ação
De ser (quem)(?)
Eu quiser(a)
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Eu, substantivo e verbo
Aqui eu vivo minhas próprias leis
meu tempo divide as horas da maneira que eu quiser
o silêncio ou o barulho me pertencem
sou eu mesma escolhendo cada afazer ou o nada a fazer
sou juiza do meu senso
sou o guia de minha fé
sou uma ou sou quantas eu quiser
sou íntima para todos os segredos
sou transparente, sem maquiagens sociais
sem nem lápis de olho
sou despenteada, despudorada, desnuda e politicamente incorreta
sou eu à vontade em cada parede
sou Casa e daí nasce o verbo casar.
Aqui eu vivo minhas próprias leis
meu tempo divide as horas da maneira que eu quiser
o silêncio ou o barulho me pertencem
sou eu mesma escolhendo cada afazer ou o nada a fazer
sou juiza do meu senso
sou o guia de minha fé
sou uma ou sou quantas eu quiser
sou íntima para todos os segredos
sou transparente, sem maquiagens sociais
sem nem lápis de olho
sou despenteada, despudorada, desnuda e politicamente incorreta
sou eu à vontade em cada parede
sou Casa e daí nasce o verbo casar.
domingo, 27 de janeiro de 2013
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
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