Desconfie da televisão
do sorriso amarelo que te pede conformação
Desconfie do Estado
cuja política te deixa de lado
Desconfie das constituições
feitas por indivíduos com diferentes intenções
Desconfie do ladrão
que te rouba para comprar o pão
Desconfie da morte pela fome
sem direitos, sem deveres e sem nome
Desconfie do capital
que te faz número sem nem pensar se isso te faz mal
Desconfie da falta de criticidade
que te obriga a aceitar tudo como se fosse verdade
Desconfie de você mesmo pelo menos uma vez ao dia
por que a desconfiança é a arte de entoar os mesmos versos
mas em outras melodias
domingo, 16 de setembro de 2012
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